quarta-feira, 11 de abril de 2012


Fabiano


Graciliano Ramos, escritor de uma das mais importantes obras da literatura brasileira nasceu em Alagoas, foi considerado uns dos maiores modernistas da segunda geração, sendo chamado de regionalista. Vidas Secas, uma das maiores obras de sua vida foi lançada no Brasil em 1938, é vista como uma critica social ao povo nordestino que vivia em plena miséria da seca no sertão. Ao criar Vidas Secas, a obra ganhou uma grande insatisfação no governo, pois ele descrevia a vida dos nordestinos, a batalha que eles viviam para sobreviver a cada dia e isso não era algo agradável para um país que estava “evoluindo”.

Fabiano, com aparência branca, ruivo de olhos azuis, que se considerava um cabra e se orgulhava muito disto, pois só um cabra conseguiria sobreviver na seca. Um homem endurecido, mais com capacidade de analise próprio, sente uma admiração imensa pelo Seu Tomás da Bolandeira, por ter uma linguagem culta, que o seduzia e cansava.

Mesmo sendo forte corajoso e ignorante, tinha sonhos e medo, como qualquer ser humano, sonhava em ter um lugar para morar, pensava na educação dos filhos e tinha medo da seca sofria de preconceitos cometidos  pelo soldado amarelo, que representava o governo.

Agora podemos ver como o autor Graciliano Ramos soube “brincar” com a zoomorfização nos personagens principalmente com Fabiano, um claro exemplo de zoomorfização: “Era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. (...)” – Fabiano.  E um exemplo de humaniza: “- 
Comparando-se aos tipos da cidade, Fabiano reconhecia-se inferior”.

A obra Vidas Secas mesmo sendo antiga ainda, mostra a problema da sociedade nordestina. Tem muitas famílias passando pelo mesmo problema que Fabiano, Sinhá Vitoria, o menino mais novo e o mais velho. É um ciclo de fogo que só os mais fortes conseguir sobreviver.

“O sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos.”-Graciliano Ramos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário