Fabiano
Graciliano Ramos, escritor de uma das mais importantes
obras da literatura brasileira nasceu em Alagoas, foi considerado uns dos
maiores modernistas da segunda geração, sendo chamado de regionalista. Vidas
Secas, uma das maiores obras de sua vida foi lançada no Brasil em 1938, é vista
como uma critica social ao povo nordestino que vivia em plena miséria da seca
no sertão. Ao criar Vidas Secas, a obra ganhou uma grande insatisfação no governo,
pois ele descrevia a vida dos nordestinos, a batalha que eles viviam para
sobreviver a cada dia e isso não era algo agradável para um país que estava
“evoluindo”.
Fabiano, com aparência branca, ruivo de olhos azuis, que
se considerava um cabra e se orgulhava muito disto, pois só um cabra
conseguiria sobreviver na seca. Um homem endurecido, mais com capacidade de
analise próprio, sente uma admiração imensa pelo Seu Tomás da Bolandeira, por
ter uma linguagem culta, que o seduzia e cansava.
Mesmo sendo forte corajoso e ignorante, tinha sonhos e
medo, como qualquer ser humano, sonhava em ter um lugar para morar, pensava na
educação dos filhos e tinha medo da seca sofria de preconceitos cometidos pelo soldado amarelo, que representava o
governo.
Agora podemos ver como o autor Graciliano Ramos soube
“brincar” com a zoomorfização nos personagens principalmente com Fabiano, um
claro exemplo de zoomorfização: “Era apenas um cabra ocupado em guardar coisas
dos outros. (...)” – Fabiano. E um
exemplo de humaniza: “-
Comparando-se aos tipos da cidade, Fabiano
reconhecia-se inferior”.
A obra Vidas Secas mesmo sendo antiga ainda, mostra a
problema da sociedade nordestina. Tem muitas famílias passando pelo mesmo problema
que Fabiano, Sinhá Vitoria, o menino mais novo e o mais velho. É um ciclo de
fogo que só os mais fortes conseguir sobreviver.
“O sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão
mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinhá Vitória e os
dois meninos.”-Graciliano Ramos.
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