quarta-feira, 11 de abril de 2012


Xenofobia

Mais o que realmente é xenofobia?  É a intolerância de imigrantes em países estrangeiros, principalmente se estiver vindo de um país de terceiro mundo. E esse tipo de preconceito por imigrantes vem de décadas passadas. O mais xenófobo de todos foi Hitler, que vivia na Alemanha, entretanto não era alemão e mesmo assim foi um dos maiores xenófobos da historia do país. Mais não é somente na Alemanha que há xenofobia, nos EUA, Suécia, Europa e até mesmo no Brasil, já teve presença de xenófobos ou ainda tem ate hoje.

Nos EUA criaram uma lei totalmente preconceituosa, a lei Arizona, que permite deter quaisquer suspeitos (excetos os brancos) para ver sua licença, mais tem outros estados dos EUA que são totalmente radicais, como por exemplo: na Florida, que não aceitam estrangeiros, e se algum estrangeiro for assassinado por um americano, ele pode se defender dizendo “que estava suspeitando de estar sendo perseguido”.

No Brasil na década 19, apresentavam-se também pontos claros de xenofobia, era um movimento chamado verde amarelismo e a Anta que eram totalmente xenófobos, não aceitavam nada vindo de fora e nem saindo para outros países.


Esse preconceito contra o desconhecido não leva a lugar nenhum, pois não é a cultura, a raça, a religião ou status que irão definir o caráter do ser humano e sim suas atitudes. Portando nem todos mulçumanos são terroristas, nem todos negros são ladrões ou burros, e nem todos os índios são sujos.

Fabiano


Graciliano Ramos, escritor de uma das mais importantes obras da literatura brasileira nasceu em Alagoas, foi considerado uns dos maiores modernistas da segunda geração, sendo chamado de regionalista. Vidas Secas, uma das maiores obras de sua vida foi lançada no Brasil em 1938, é vista como uma critica social ao povo nordestino que vivia em plena miséria da seca no sertão. Ao criar Vidas Secas, a obra ganhou uma grande insatisfação no governo, pois ele descrevia a vida dos nordestinos, a batalha que eles viviam para sobreviver a cada dia e isso não era algo agradável para um país que estava “evoluindo”.

Fabiano, com aparência branca, ruivo de olhos azuis, que se considerava um cabra e se orgulhava muito disto, pois só um cabra conseguiria sobreviver na seca. Um homem endurecido, mais com capacidade de analise próprio, sente uma admiração imensa pelo Seu Tomás da Bolandeira, por ter uma linguagem culta, que o seduzia e cansava.

Mesmo sendo forte corajoso e ignorante, tinha sonhos e medo, como qualquer ser humano, sonhava em ter um lugar para morar, pensava na educação dos filhos e tinha medo da seca sofria de preconceitos cometidos  pelo soldado amarelo, que representava o governo.

Agora podemos ver como o autor Graciliano Ramos soube “brincar” com a zoomorfização nos personagens principalmente com Fabiano, um claro exemplo de zoomorfização: “Era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. (...)” – Fabiano.  E um exemplo de humaniza: “- 
Comparando-se aos tipos da cidade, Fabiano reconhecia-se inferior”.

A obra Vidas Secas mesmo sendo antiga ainda, mostra a problema da sociedade nordestina. Tem muitas famílias passando pelo mesmo problema que Fabiano, Sinhá Vitoria, o menino mais novo e o mais velho. É um ciclo de fogo que só os mais fortes conseguir sobreviver.

“O sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos.”-Graciliano Ramos.